O Caos me ama

me dê algo de verdade
já estou cansada
de toda bajulação
Não me venha com finezas.
Todo requinte léxico
e um lirismo enfadonho.
É tudo falso!

Me ponho em vísceras
e por tudo
tenho o peito doído

Esse sangue corre
não estanca em memórias
perdidas de noites mal-dormidas.

Se eu tinha medo de amar
Tua presença fez esse medo triplicar
Afinal
nada exposto
nada pronto
nada referencial
Teu caos griz me aniquila
Não me faz dançar.