Eu cavei por baixo
da mesma.
Assim mesmo
sem referências
e sem pontos de meta.
Eu nadei profundo
sem tomar ar
em busca de algo
escondido
e raro.
Tudo soterrado
nas quimeras
sonhadas por poetas soturnos,
Ou por simples descuido
enterrei teus olhos
no esquecimento
E ficou a espera
da musa e os cantos
da existência
sem mistérios.
Advinho o que pensas
Advinho os desejos
e nesses espaços
me roubas tempo.
Há só momentos de agora
e isso, ainda, me supreende.