Tudo ruindo, com fogo seguimos resistindo

Talvez a dor
já não assuste
ou comova.

As chagas nas mãos
o sol indisposto
não me impedem das incertezas
de chegar n'algum lugar.

Vou fugir para longe
Sem sair do meu lugar.
Abraçar apertado
em um silêncio
demasiado de quem sempre espera
respostas prontas.

Quando não as encontro,
relaxo
e boio sobre esse mar
de correntes.
Acreditando na
leveza
e na entrega,
no sonho
e na presença real
das conexões.
Me alinhando na força
de quem me constrõe
sem esquecer
de dores ressentidas.

Ver equilíbrio no caos
pertence ao universo inteiro,
sem expectativas
e sem medo
derrubar as prisões
que se leva dentro.

há ondas na calmaria da bahia

Como é o desespero
quando
se pretere a espera
e se encorpora a
paciência?

Deixe passar, amor
que de a pouco
o medo se esvai
na plenitude
da ação e movimento
de cada despertar.

Vejo a tempestade chegar
- logo ali -
Seu hálito quente
pondo fim
um dia quente,
e de vento frio.

Vou me repetindo e reinventando.
Água fixa e calculista.
Sarrenta e atrevida.

Talvez mais por sorte que azar
minha vida vem
traçada na arte de improvisar.

Não sei porque
e nem
de onde,
direito,
vim .
Mas pronto,
aqui estou!
Pronta e plena pro ataque.

Saio do palco,
e descalça,
vou te mostrar quem sou.

Matéria, pó e osso
suor, lágrimas, a puro gosto.
Sou movimento
e destreza.

Leoa que vigia
enquanto amamenta.
Fazendo esconderijos
planos de fuga
dessa selva cinza
e sangrenta.

Juego de niños


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Fumo el común
Me aburre
Todas las tardes
Grises
Guardo culpas
Por ausentar luz
La muerte viene por gente
Cercana
Ajo
Negro
Tréboles
Para proteger los cuerpos
Que conflictan
Amor y odio.
Hoy salgo
ordenada
para la nada
y sus relojes de descubrimientos.

Agora praia

Amenizar o peso da vida
com imensidão.
Mar... em ti busco plenitude
e solidão

Quando se há sol, novos fazeres
abastecido pelo quente prazer

A mente inquieta (me)
a um corpo que reaje
frente aos pesadelos
Livre, sem medo
(inconstante, segredo)

refugio-me na escrita
na brisa e movimento
mar.

Algo vai se quebrar
tarde solta
voz tão rouca
teu silêncio

O olhar que quer permissão
pode me adentrar?

(vou persistir
fechar os olhos
para não perseguir
e nem ser perseguida
por sufocante amor)

Retiro o ar
Maré subiu
atravesso a lua.