Como é o desespero
quando
se pretere a espera
e se encorpora a
paciência?
Deixe passar, amor
que de a pouco
o medo se esvai
na plenitude
da ação e movimento
de cada despertar.
Vejo a tempestade chegar
- logo ali -
Seu hálito quente
pondo fim
um dia quente,
e de vento frio.
Vou me repetindo e reinventando.
Água fixa e calculista.
Sarrenta e atrevida.
Talvez mais por sorte que azar
minha vida vem
traçada na arte de improvisar.
Não sei porque
e nem
de onde,
direito,
vim .
Mas pronto,
aqui estou!
Pronta e plena pro ataque.
Saio do palco,
e descalça,
vou te mostrar quem sou.
Matéria, pó e osso
suor, lágrimas, a puro gosto.
Sou movimento
e destreza.
Leoa que vigia
enquanto amamenta.
Fazendo esconderijos
planos de fuga
dessa selva cinza
e sangrenta.
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