Litosfera

Eu cavei por baixo
da mesma.

Assim mesmo
sem referências
e sem pontos de meta.

Eu nadei profundo
sem tomar ar
em busca de algo
escondido
e raro.

Tudo soterrado
nas quimeras
sonhadas por poetas soturnos,


Ou por simples descuido
enterrei teus olhos
no esquecimento

E ficou a espera
da musa e os cantos
da existência
sem mistérios.

Advinho o que pensas
Advinho os desejos
e nesses espaços
me roubas tempo.

Há só momentos de agora
e isso, ainda, me supreende.

Um comentário:

Marina Ráz disse...

Você é cria do fogo, =)