Na fresta que cada um dá
eu entro
me esparramo
como erva rasteira.
Aguardo as brechas
com o olhar ligeiro
(não sou daninha,
se invadi
foi para construir junto)
10 segundos depois
retroceder
encarar os leões
Convicta
em permanecer viva
para lutar por mais
vidas
livres e plenas,
mágicas
revolucionárias
Mantendo
assim
o corpo fechado
Convicta
da necessidade de
expandir e compartilhar
Composições de luz e sombra
cores e dores.
Estou ocupando a realidade
com minha presença, terreno fértil
que é passado
e sonhos,
vida e morte.
Hoje vou acordar com o desespero
me alimentar com as cores e sabores da Terra
Perder a vista em pensamentos.
Vida,
me sinto agradecida.
Muito querer...
penso o futuro
de encontros
que me convidam
(violentos, se preciso for)
a estar aqui (no agora, sabe?)
Salvador - julho 2018
Amor de Despedida
Não gosto de chorar
e quando preciso
choro de amor
pra compensar
as inúmeras vezes que chorei
por raiva.
No prazer
ando em busca
de brincar meus sentidos.
Sou matéria disposta
a transar
outras matérias dispostas.
Na vida
eu gosto da magia
do caos em ação
da história que marca.
Madrid - agosto 2019.
e quando preciso
choro de amor
pra compensar
as inúmeras vezes que chorei
por raiva.
No prazer
ando em busca
de brincar meus sentidos.
Sou matéria disposta
a transar
outras matérias dispostas.
Na vida
eu gosto da magia
do caos em ação
da história que marca.
Madrid - agosto 2019.
Outro normal
Capacidade cognitiva
restaurada
em momentos
inférteis.
nuvens de gafanhoto
doenças e pestes
incuráveis
máquinas e imbecis
no controle
não, isso não é
ficção
nem distopia
nem realidade
os sonhos acordaram
de um misterioso
pesadelo
que conversa comigo
toda vez que tento
despertar.
Maturar escolhas
fermentar o amargo
cozinhar o futuro.
Persisto em lembrar
e compartilhar
memórias
de
derrotas
e
de
vitórias.
Sirva-se
me propor a persistir
habitando apenas uma parte
em carne
do todo que sinto
se dedicar a cura de si,
abraçar a quem se ama
por vezes basta
acenar e sorrir
a fumaça está cada dia mais densa
desapareça por baixo dela
não pare, só siga.
ouço as correntes
do cada um por si
do dinheiro que me consome
do tempo vendido
do ódio fuzilante
e eu
não espero, só sigo
visitando amigxs que fiz e ainda farei
aos passos que livram
e me deixam à vontade
para habitar esse corpo
repleto de vida e morte
sabor e rancor.
habitando apenas uma parte
em carne
do todo que sinto
se dedicar a cura de si,
abraçar a quem se ama
por vezes basta
acenar e sorrir
a fumaça está cada dia mais densa
desapareça por baixo dela
não pare, só siga.
ouço as correntes
do cada um por si
do dinheiro que me consome
do tempo vendido
do ódio fuzilante
e eu
não espero, só sigo
visitando amigxs que fiz e ainda farei
aos passos que livram
e me deixam à vontade
para habitar esse corpo
repleto de vida e morte
sabor e rancor.
Mensagem Recebida
Venho no andar de quem desconfia
minha atenção quer
revoltar
pela única razão
de que estar vivx
é prova de que a
intuição
resgata minha
conexão
ancestral
mergulho fundo
depois flutuo
caminho sobre águas
abro na palma
a poeira estelar
se vejo tudo que
está ali?
Somente quando fecho
os olhos
e ouço o coração
bater
e por vezes tremer
converso com a
medida certa
do tempo que me
resta.
Quem está aí?
No puedo despertarme sin me amar
vi longe
as crianças
saltando no infinito
ouvi gritos
senti terror
fingi dureza
cruzei multidões em
punho
quente de euforia
meu sorriso em forma
de dança
quero tanto o
momento em que estou
e não esqueço de
despertar
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