:: Quarta-feira, Fevereiro 11, 2004 ::

Horas

Amanhã
À tarde
A noite
Composições de luz
Sombras lunares

Do canto ao choro
À tudo que ignoro
De manhã, já não é mais noite

Nada de estúpido nisso
Há mundo no precipício
Quando a sombra cobre
Ainda possuo raios de tardinha

:: habitante desse universo 10:52 PM
...

'A conseqüência é tão bela'



...

Sem fim

Ponto final
Agora que tudo
findou (finda e um dia voltará a findar)
sopros, risos e batidas
marcam o compasso do fim

(mas se é o fim,
a morte cessa compasso.
Morrer é silêncio?)

O fim rompeu a bolsa
deu início a incerteza

(Calem a boca todos!
O medo enaltece esse momento
de extrema beleza.)

Comece a pensar
então o que não devia
ser dito
Acabou
.

:: habitante desse universo 10:33 PM
...

Reforma

Uma porta com grades
Há possibilidade da fuga.

Uma janela com grades
Não há fechadura.

:: habitante desse universo 10:32 PM
...

Transcendental

Branco no negro
(ou será o contrário?)
Luz parda e um desejo
'I just want to be me'

Ser e fluir na luz
tão única
gruda e mistura a essência

Eu quero e toco
Do que vale fitar o chão?

Traços definidos
e um sentimento abstrato e infinito.
Fechar os olhos
Transcender os sonhos

Cabisbaixo, sombra da angústia
Abrir os olhos
Tudo é simples fotografia

:: habitante desse universo 10:30 PM
...

Cheiro de Terra

Gordas de promessas
as nuvens molham
meu corpo

O céu molha língua
O céu molha de cima

A cabeça não esquece
O corpo ainda estremece
ao ouvir o som da chuva
melodia doce do nosso amor

Gordas de promessas não cumpridas
O céu quebrou meu juramento

O amor não precisa mais
desses tolos artifícios

Só preciso construir horas
e ter semanas de bom tempo

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