Pela manhã
E quando me vou?
Já não é mais que somente raiva
(a ácidez no estômago, as rugas
carregadas no olhar)
E proteção.
Mas o que não é em vão?
Eu que quando saí de mim
Não encontrei nada mais que avesso.
E nada mais me perde, e nada mais sabe o que é leve
errado em mim, no que escolho.
Mas não é tudo
:: habitante de mim 3:18 PM
... :: Quinta-feira, Agosto 02, 2007 ::
...
Estou de partida
Muitas partidas na
mesma hora, hora de movimentos
contrários-roda-2,1,4, rodas ou patas
cantos, boleros, pássaros
entre calmas e devaneios de uma
explosão de cidade
Eu aprendendo feito guri
O sabor do silêncio no meio
de tempestade
De camas com agulhas
penduradas
estou de partida
Na mata, no hospital ou na cidade
Partida e chegada
Não me importo de ter
sido carregado na carruagem desencantada
com todas as dores pós-sangradas
Desculpas de um mar
Uma cidade, velas acessas
Pelas calçadas. Descarregando meus fantasmas.
Me mostrei inteiro
Jamais metade... fantasmas
Agora preciso do desconhecido
um eu em pseudo-anonimato.
O poeta vagabundo em compassos.
Eu vi ele comprando cera, água sanitária – sanitários, sanatórios...
Olhei sem saber ver
Sem minhas proteções na privada
Enxerguei de verdade guei – enxerguei – já disse!
e não foi metade!
Belas e ruins são nossas metades.
Quero mas não estou mais procurando um amigo-amante
Inteiro me encontrem
sem fazer semblantes.
Mostrando-se as metades
paro aqui pois preciso andar
e aqui fico inteiro e não metade.
(Pablo Garmus)
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