Os espelhos estão sucumbindo o chão
Caindo aos poucos
sem pedaços
refletidos de cabeça para baixo
o teto é próximo
e os dedos pedais
tocam o céu vitral
É só noite azul
só mentira e estrelas quentes
:: uma habitante de mim 6:30 PM
...
:: Segunda-feira, Novembro 22, 2004 ::
Inefável
Meu par é belo
em anlguns espelhos
Os olhos pendem do castanho ao verde
são ramos e caule
:: uma habitante de mim 6:30 PM
...
Cine Ludovic:: Quarta-feira, Novembro 17, 2004 ::
A luz veio roxa em minha direção
ultra-violenta
rasgou meus sonhos
corou a dor
cuspiu na tinta que escrevia
piedade
:: uma habitante de mim 9:23 PM
...
Baladas re-voltas:: Sexta-feira, Novembro 12, 2004 ::
Nu e raivoso
sonatas
harmonizados
meio a berros
Soluço dor
(raiva)
contra todos
e sem ninguém
(bater a porta
mas querer
bater em alguém)
Rompe
negligência
Ouves sim!
Pois grito suave
é bem cedo
ainda amarelo
Não o sorriso
mas o ar seco
é pseudo
meu calor
esse dia
:: uma habitante de mim 4:20 PM
...
Fia Láctea
Fio de nylon
costura estrelas
Mas nylon negro!
Para enganar os olhos
Com infinito
:: uma habitante de mim 5:15 PM
...
E um dia eu chego lá
bom, sobre onde
isso não sei
se soubesse já estaria lá.
Das rimas descompassadas - I
Não mentem
(só mente)
os dementes
pura
:: uma habitante de mim 5:15 PM
...
Serviço Postal
Não entendo
Como o negro
Com letras brilhantes
Não se torna compreensível
Aos azuis e amarelos
E aos pardos
Detalhes desnecessários
São expostos
Há dias
Que símbolos
Me cansam
Há dias
Que traduzir-me
É necessário.
:: uma habitante de mim 5:13 PM
...
Advérbio Tempestade:: Segunda-feira, Novembro 08, 2004 ::
Percorri teus
Toques quebrados
Sorri
Pois nunca calos
Foram tão porosos
Quanto o oitavo
Sobre-vi noções
Cantaram vozes
Num ó-óó-ó cristal
Sempre entendi
Pêssegos
Não são peles
Coroei o sol
Manca gel escuro
Tudo, às vezes combina
Sortear é azar de muitos
:: uma habitante de mim 5:13 PM
...
Sobre o desprezo:: Quinta-feira, Novembro 04, 2004 ::
Estupidez e
egoísmo
solidificam a vaidade.
Ao primeiro defeito
é mais fácil
repugnar
ao desejar
admirar (o que está fora do tempo)
Sou indiferente a
tua vida
mas machuca.
Tão dentro
de um espelho burguês
Devoras sabedoria
e vomitas.
É azul e nobre
Choras baixinho
os poros se fecham
para a cicatrização da dor.
Entre tantos espinhos
Olhe a flor.
Carme roxa
intocável verdade.
Os olhos não refletem
a cegueira do imperceptível.
:: uma habitante de mim 4:47 PM
...
Manifesto pelo amor impuroIntrospectivo
Eu caio
emaranho-me
e arranho.
E quando a
Ursa maior
radia
me levanto.
Pelas promessas
pelo acreditar
eu respiro.
Morta ou não
eu chego
e nos provo.
Caminho
não por possuir pernas
mas por sonhar
as noites que
me envias.
:: uma habitante de mim 4:09 PM
...
Não é a pele
nem o timbre
são os cantos
que evocam
o meu ser guardado
reviver
Minha voz melhora
de olhos inchados
Colabora
com choro.
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