:: Segunda-feira, Abril 21, 2008 ::

abrir-se em nada mais que...

era branco quase nada
tão longe quase nunca esperava
compus rima em mente
nada sujei em pele

quando o dia compôs
sorri

quando inventei o sol
cansei

mas eram todas brancas (as manhãs)
as páginas
todas tristes, as quimeras

agora que o som é quase calado
sigo raso o que falta ser exato.


:: habitante de mim 1:08 PM


... :: Segunda-feira, Abril 07, 2008 ::

Outra Milonga

e por menor que seja a viga
não basta ombro e encosto
não basta a vida pra sustentar

Há tropeços de vôo raso
coisas miúdas pra se importar

roupas leves que quaram pelo dia
riso novo de quimeras antigas

Tão pouco é o sotaque que muda
talvez, e também, a terra árida
e aqui úmida.
dos olhos de pessoas que já não podem
mais esperar...

o ar:
(o sopro dos messias escondidos em demagogias)
É vapor quente.

E agora sei, que o melhor vento
é aquele clandestino
que de tão fresco anuncia chuva.

:: habitante de mim 12:25 PM
...
Cine-poema I

Nouvelle Vague combina
(perfeitamente, digo)
com o paraíso

Devemos ser felizes
e longe de todo dever
assim o somos.

Achar o tesouro
fechar os olhos
ficar no escuro
e fugir
(Se você puder).

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