Não dentro
mas como
breve espectadora
de sombras
silhuetas de cores
suspensas
no ar fragmentado
Como moscas decapitadas.
o que nos sobra
além do voar?
Todo sinais são brancos
Eu me guio por placas
que brilham laranja
não há colher
sem mentiras.
Os sinos badalam
para o meu despertar
Eu sonho
e queimo no meu pecar.
O tempo me abraça
Com maior sutileza
Já me entrego sem dor.
Sei que estarás melhor
quando acordares
e teu antigo
se for
As estações jazem
Não há mudanças
sem morte.
:: uma habitante de mim 3:46 PM
...
Passeio
Deixa eu colocar
poesia em teus olhos
A vida é tão cheia
de contrastes retos
Deixa eu pular
e voar para tão baixo
mas antes de cair
salto
e vou (vôo) até o céu
e abraço as nuvens
e peço colo.
Por que elas não me aceitariam?
Ao voar
O ar transcede
ou mata.
:: uma habitante de mim 3:46 PM
...
Confim de Incertezas
Existe a família
Existe a necessidade
Existe a fome e excrementos
Relacionamentos se baseiam
na necessidade.
Preciso morrer
e ser lembrada.
É preciso querer
sobre alguém que ceda.
Há amizade, amor?
Ou somente egoísmo e
Fuga da dor?
Seja falso
Seja casto
No teatro dos meus dias
degustar cinzas
é fechar olhos
à melodia.
Por enquanto
tudo segue
mentira.
Ter certeza é segurança
e nenhum dia
é igual
O permanente nascimento
solar é inconstante
O futuro não
Preserva certezas.
:: uma habitante de mim 3:45 PM ...
:: Terça-feira, Setembro 21, 2004 ::
Pacto
Eu minto
seu sorriso
Instrumento impar
em sinfonia
Longe da ordem
Soa caos
geme harmonia
Protesto
Proposta e força
Aceite-me calado
não peças o nada
em troca
Em mim
mal cabe o tudo
o oco, nada fosco
equilíbrio cego
soberano brilho.
:: uma habitante de mim 3:45 PM
...
Ao Tempo:: Terça-feira, Setembro 07, 2004 ::
Eu começo a mentira
com não
Talvez naquele dia
eu possa recriar
a situação
Rimo o vento
e minha harmonia
acobou num
se não
:: uma habitante de mim 3:30 PM ...
Eu, ninguém:: Domingo, Setembro 05, 2004 ::
Quando tentares
ou te precipitares
justificar o silêncio
Faça longe de minha percepção
Pois o dar de ombros
corta meu sorriso
que se torna cálido
e constrangido
:: uma habitante de mim 11:22 PM
...
Dear Diary...
:: uma habitante de mim 2:23 PM
...
Anonimato:: Quinta-feira, Setembro 02, 2004 ::
um passado sucumbido
pelo lixo
pelo catarro
pelo desamor.
:: uma habitante de mim 2:21 PM
...
SaudaçãoSujeito Indeterminado
Antes mesmo
de rejeitar meu vazio
eu compreendo
o falso ser
Sinto-me sozinho
é só isso
Correr por um caráter
Há bolhas nos pés
As tardes deixam os caminhos
com espinhos
e sangue
Não se adoece mais
não há cura
:: uma habitante de mim 10:12 PM
...
Eu
Clavícula de desaforos
Tolero a mesquinhez
A exorbitância
A mediocridade
Mas explodo em cólera
Se de tão sujo
O rubro
Rompa o contato com a beleza
Cabe aos ouvidos
Ouvir
E nem sempre compreender
Ouço teu cinismo
Indigesto
Inquieto
cinismo imaturo
O pranto não revida a nada
Eu
Fujo de tolos
que não compreendem
seu próprio ser
(assim como...)
Ao menos
Se houvesse o respeito
Ao menos
Eu pudesse ver
Todo prazer de respirar.
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