:: Quarta-feira, Maio 26, 2004 ::

Foto-poema

Eu não cuspo
tinta no papel.
Eu delineio vozes
vindas da noite cega
sem seu cão-guia.

E aprender abrir
é mais que necessário
aos olhos, ao foco.

Sondar o tempo.
Lembranças são belas
quando vividas.

:: habitante desse universo 4:21 PM
...
Coma

Vinte-dois! Vinte-dois!
Por que não cinco ou quatorze?
(Isso é realmente preciso? ¿ os números)

Cara de louca?
Estou doente.
Tudo estoura e escorre.

Chove novamente.

:: habitante desse universo 4:20 PM
...
:: Sábado, Maio 08, 2004 ::
Esclarecimentos

Da água, do ar
do eterno.
De onde surge o princípio?

Estou no mesmo lugar
onde não há espaço
em um tempo insensato.

Se isso significa estar bem?
Sim,
vôo a caminho
das andanças
e do desdém.

:: habitante desse universo 4:50 PM
...
Figurativo

Na jornada das horas
Saga faminta e fugaz

O amor alheio ao tempo
(Sagaz ao preconceito)
Safismo de fulgor
Safo, persistente, perspicaz

Banhado de infinito
Rasgos pratas
Abrem o firmamento
Fulgural, fugaz
Infinito é plural?

De tão rápida
as horas conjugam
Saga faminta fulgura.

:: habitante desse universo 4:47 PM
...
Convicção

Eu gosto de tanta coisa
Que ao fixar um ponto
Eu me frustro
(ou ao menos
temo por isso)

Ao fazer parte de
tanta coisa
tantos mundos
e seus donos
repletos de excentricidade
Eu ouço a voz
do confuso

E uma palma repleta
de linhas inacabadas
me negam.

Na incerteza dos dias
(próximos)
suavizo o enjôo
ao ar saturno.

:: habitante desse universo 4:46 PM
...
Exemplos

Na nostalgia repetitiva
adormeço à melodia
do tédio.

Da bondosa (e inexistente)
natureza humana
surgem exemplos da psicologia.

Boa conduta
Deveres e direitos.
Viva à hipocrisia!

Nenhum comentário: