Frio nas sombras
Azedo no amanhecer
Caminhei por pedras sabão
lá fora árvores
e leis
na luz margaridas
na voz alegrias
É uma nova, renovada morada
idéias, músicas
o desejo, saudades e intocável
Verdadeira somente é poesia
:: habitante desse universo 3:40 PM
... :: Sábado, Abril 10, 2004 ::
Carta de mais uma habitante do Planeta Elianus
Olá, meus caros 17 leitores (será tudo isso, mas enfim, gosto desse número). Eu, habitante desse Universo, dito paralelo, vim fazer um comunicado. A falta de sensibilidade da maioria dos nossos habitantes não calou minha voz (quem disse que uma abelha não faz pressão?), sei que é usual a falta de consideração sobre as andanças, sobre as tpm's, sobre as chuvas, tudo que é escrito nesse espaço, são geralmente sons perdidos no ar seco. Mas hoje, apenas vim dizer um até logo. O Planeta Elianus girará em outra orbita, não muito distante, mas apenas desligada dessa teia mundial. Quem for portador de lunetas, telescópios, quem sabe alguma noite dessas poderá avistar por rápidos instantes, habitantes de nosso planeta passeando em seus discos voadores. Acenando e derrubando gotas de poemas nesse velho (e para sempre) lar de sonhos, transpirações, encontros...
Mais do que isso, eu, espero que a ausência de horas luz, possa ser confortada através de lembranças, e que o Planeta Elianus receba no coração de cada um dos seus 17 leitores, abrigo e proteção de tudo que foi doado por essa habitante, que em silêncio vos ama.
Um forte Abraço
Até loguinho
E VIVAMOS!
Eliane Rubim
:: habitante desse universo 3:07 PM
Cicatriz:: Sábado, Abril 03, 2004 ::
Disposto
e sem nenhum consolo
o dia segue.
Revive, inventa hemácias
escurece pensamentos
falha.
Globo branco, defesas
Glicerina basta
limpa e desinfeta.
Mais forte
o dia segue
disposto
e sem consolo.
:: habitante desse universo 3:06 PM
...
Canção Desigual
Sempre sufoca
os mesmos cantos
no seio, a mama nega alimento
no espelho, assimetria nega efeitos
A telepatia ainda toca
os mesmos cantos
mudos e cegos
Na sujeira ninguém o vê
Restos e beleza combinam
Os olhos furados
arrepiam os pêlos
avivam dermes
Sem compasso
o Escuro dança
-ninguém humilha
nem se encanta
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