Sorver
Sei que quando
as gotas de gordura
secarem sobre o papel,
um velho dia
já terá findado.
O mel obeso
salivado por esse
pequeno céu.
E assim
sorver o doce.
O gosto cru do ar
que caminha, sujo,
pela boca.
As manchas suadas
limpam
a pureza intocada.
Quanto as vidas,
elas passam.
E ainda não sei
de onde caem.
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