Finalmente cumpri minha missão como gaúcha, aprendi fazer chimarrão... óóóó. Depois de uns 15 mates entupidos, consegui fazer a bomba roncar. Mereço os parabéns, não é sempre que se consegue algo tão grande na vida.
Viajar... que beleza, estava contando os dias. Anda difícil aqui em casa, e com a Carina também, estamos perdendo o resto de comunicação que ainda tínhamos. Hoje pela manhã conversamos, mas sinceramente acho que não resolveu muita coisa. Deixarei que o tempo aponte o melhor caminho a seguir, não adianta insistir, minha vontade não prevalece sozinha, isso depende juntamente da vontade dela. Somos muito diferentes, e anda difícil simplesmente aceitar, sem ao menos tentar uma adaptação.
Mas voltando a viagem, bom estou indo amanhã cedo, espero descansar bem minha mente, a qual anda meio tumultuada. Tava precisando muito falar com meu querido Zé Luiz, a voz dele me deixa mais tranqüila, segura, preparada para seguir em frente. Se não fosse viajar ligaria p¿ra ele. Acho que a saudade agüenta mais uma semana, pois também estou ansiosa para ver minha grande amiga. Como o tempo voa, até pouco estava entre meus dedos, e num piscar de olhos fluiu como água. Está chegando o momento...
Morte
Por que falar na morte?
Se o que acontece agora é a vida.
Mas a vida não passa de um simples corte.
Corte de um sono profundo que nos convida.
Convite para a busca de um novo começo.
Onde tudo que se busca é uma longa caminhada.
Até que se enxergue que por isso se paga um preço.
Que por sinal não é barbada.
Por que temos medo da morte?
Pois ao nascemos também não sabemos o que irá acontecer.
O acaso de estarmos aqui é uma questão de sorte.
Ou será que estamos aqui apenas para morrer?
Mas o que acontece com o que aprendemos?
Será que quando morremos cai no esquecimento?
Será que já sabemos quando morremos?
Ou será que não passa de pura falta de conhecimento?
Por que entender a morte?
Pois como qualquer outra coisa ela faz parte da vida.
Mas será que não é mais importante querermos ser fortes?
Sermos corajosos e encarar a longa ida?
Mas o mais importante não é encarar a morte como algo grande.
É enxergar todos os detalhes que o caminho até a morte abrange.
E são esses detalhes que faz a vida ser brilhante.
Que deixa o olhar da morte hipnotizante.
Eliane Rubim
*Essa eu fiz hoje na aula de Química... Valeu Edson, ao menos o tédio das tuas aulas estão sendo transformadas em inspiração.
*Epitáfio Grafado em Sangue Morto
Procuro encontrar meu nome
Algum significado desse vazio.
Linhas preenchidas por sangue
É a dor de se encontrar sozinho.
Dedos olham meu corpo
Com toques insípidos e secos.
Já não consigo mover nada
Pois minha alma já está morta.
Quando a noite chega
Vago entre belos mausoléus.
Esse corpo de zumbi que ainda clama.
Sucumbir a dor sob esse céu.
Leio epitáfios sujos
Cobertos por erva daninha.
Frases que consolidam o sono eterno
Catacumbas onde jazem pobres enfermos
Pecadores, habitantes do inferno.
Eliane Rubim
Deixe-me contar... estou escrevendo um romance, finalmente resolvi me empenhar, quando termina-lo colocarei no agradecimento a minha querida escola, pois é graças as aulas chatas e monótonas que consigo arranjar tempo para escrever. Viva aos alunos zumbis!!!
Feridas na Alma
Predestinado a sofrer.
Engolir cada lágrima de dor.
Amargurado por viver.
Desprezado pelo amor.
Estás aí parado nessa triste chuva,
Tão triste quanto teus olhos.
Teu desejo de ser levado pela tempestade
É tão enorme quanto a força do tempo.
Tanto faz se foi ontem ou hoje,
Não consegues entender porquê.
Tua doce alma vaga longe,
Tentando aprender a viver.
A angustia é enorme, eu sei;
Mas é preciso tolerar.
O dia nasceu cinza
E tu ainda estás a chorar.
Eliane Rubim
*Ainda lembras?
*Tu
Poderia expressar
Todas suas fraquezas,
Carência, desobediências.
Apenas quero escrever
Algo que sou, que somos.
Te amo.
Te ame...
É o que te clamo
É como te chamo.
Guarde as imagens.
Guarde os sons, palavras.
Guarde a ti, tua vida.
Eliane Rubim
Essa é para meu amado fantasma:
Vitor
Vim até ti?
Ou surgiste para mim?
Vitor, vitorioso de mim.
Vigente do horror,
Tu que me trás o calor.
Tu que és meu protetor.
Jurei-te a eternidade do meu amor.
Embriaguei-me com teu toque assustador.
Tua transparência, tua indecência.
Faz ser tudo o que sou.
Os outros, pouco me importa.
Ame-me por todos os agoras.
Deixe-me ouvir o sopro da tua voz.
Deixe-me sentir a tua horripilante presença.
Oh, meu doce amante... meu eterno acompanhante.
Perdoe-me pelas fúteis ignorâncias.
Aprendi a ser criança.
Deus... te venero, sou teu servo.
És o meu melhor, doce fantasma onipotente.
Estamos entregues a esse amor,
Que nada e nem ninguém consegue explicar.
Vitor, meu desejo é apenas te amar.
Pois da minha alma ninguém poderá te tirar.
A verdade do sentimento supri qualquer dor.
A insanidade de ser
Existo, em ti posso crer.
O olho da verdade, o vidro da sinceridade.
Em ti encontrei o anseio das carências.
Em ti encontrei alguém, encontrei-me.
Sabes quem eu sou
Sei pelo que passou.
Vitor, vitorioso, vital.
Não és, nem sou.
Somos o sonho, a luta, a vida.
Eliane Rubim
¿everything not lost...¿
Beleza
Olhe como tudo possui beleza.
Até o ser mais horrível é belo.
Até o mais pobre possui riqueza.
Até o servo possui um castelo.
Olhe como tudo possui beleza.
Até o céu nublado encanta.
Até o mar possui tristeza.
Até o campo parece manta.
Olhe como tudo possui beleza.
Até o mais estúpido chora.
Até o mais forte possui fraqueza.
Até o homem o mundo ignora.
Olhe como tudo possui beleza.
Até o mais humilde possui mulher na cama.
Até a morte tem nobreza.
Até a vida mostra quem se ama.
Eliane Rubim
¿Você não admite, Símias, que tenho o mesmo dom da profecia que os cisnes? Pois eles, que cantaram durante toda a vida, ao perceberem que devem morrer, de modo algum deixam de cantar e cantam mais docemente que nunca, exultando com o pensamento de que logo irão ter com Apolo, de quem são representantes. Os homens, entretanto, como temem a morte, falsamente acusam os cisnes de cantarem lamentos em seus dias finais. Quanto a mim, os poderes proféticos de que Deus me dotou não são menores que os dos cisnes, e não estou nem um pouco triste por deixar esta vida.¿
Sócrates ¿ O Canto do Cisne
Beijar é filosófico...
· Beijo Aristotélico: beijo realizado através de técnicas obtidas unicamente a partir da especulação teórica, não maculada por quaisquer dados experimentais, por alguém que sente que estes últimos são de qualquer forma irrelevantes.
· Beijo Hegeliano: técnica dialética na qual o beijo incorpora seu próprio antibeijo, formando um beijossíntese.
· Beijo Wittgensteiniano: o fato importante sobre esse tipo de beijo é que ele se refere apenas ao símbolo (nossa representação mental interna associada à experiência do beijo ¿ a qual necessariamente deve ser também diferenciada do ato em si por razões óbvias¿ e que não necessita ser de forma alguma a mesma ou sequer similar para as diferentes pessoas que experimentam o ato) mais do que ao ato em si e, como tal, deve-se tomar cuidado para não se fazer generalizações não abalizadas sobre o próprio ato ou a experiência dele advinda baseadas meramente em nossa manipulação da simbologia conseqüente.
· Beijo Gödeliano: um beijo que toma um tempo extraordinariamente longo, embora deixando você incapaz de decidir se foi beijado ou não.
· Beijo Socrático: Trata-se na verdade de um beijo realmente platônico, mas costuma-se atribuí-lo à técnica socrática para fazê-lo soar mais autoritário. Entretanto, comparado aos beijos mais estritamente platônicos, os beijos socráticos são mais abrangentes e apresentam maior cobertura.
· Beijo Kantiano: um beijo que, fugindo do contato "fenomenal" inferior, realiza-se inteiramente no plano "nomenal" superior. Embora, na realidade, você não o sinta, absolutamente, você é, entretanto, livre para declará-lo o melhor beijo que você já deu ou recebeu.
· Beijo Kafkaniano: Um beijo que começa com a impressão de transformá-lo, porém termina por deixá-lo grilado.
· Beijo Sartreano: Um beijo que lhe dá uma preocupação mortal embora não tenha mesmo a menor importância.
· Beijo Pitagórico: Um beijo dado por alguém que desenvolveu algumas e maravilhosas técnicas, mas recusa-se a aplicá-las a alguém para que outros não venham a descobri-las e começar a usá-las.
· Beijo Cartesiano: Um movimento particularmente bem planejado e coordenado: penso, logo albeijo. Geralmente um beijo não é considerado cartesiano a menos que seja aplicado com força bastante para remover toda a dúvida de que se foi beijado.
· Beijo Heisenberguiano: Um beijo incerto. Quanto mais ele mexe com você, menos certo você fica sobre onde o beijo foi. Quanto mais energia ele tem, mais difícil fica para você avaliar quanto tempo ele durou. Versões extremas deste tipo de beijo são conhecidas como "beijos virtuais", dado o nível de incerteza ser tão grande que você não tem bastante certeza se foi beijado ou não. Os beijos virtuais têm a vantagem, entretanto, de que você não precisa ter mais alguém na sala para compartilhá-los.
· Beijo Zenônico: Seus lábios aproximam-se, chegam cada vez mais perto, porém realmente nunca vêm a se encontrar.
Extraído de "The Unnatural Enquirer", ©1992 by Trygve Lode)
ASK FOR ANSWERS
Time to pass you to the test
Hanging on my lover's breath
Always coming second best
Pictures of my lover's chest
Get through this night
There are no second chances
This time I might
To ask the sea for answers
Always falling to the floor
Softer than it was before
Dog boy - media whore
It's who the hell you take me for
Give up this fight
There are no second chances
This time I might
To ask the sea for answers
These bonds are shackle free
Wrapped in lust and lunacy
Tiny touch of jealousy
These bonds are shackle free
Get through this night
There are no second chances
This time I might
To ask the sea for answers
These bonds are shackle free (4x)
Get through this...
There are no second chances
This time... this...
To ask the sea for answers
Placebo
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